A Assembleia Legislativa aguarda a autorização do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para efetivar a aquisição de 370 cilindros de oxigênio para auxiliar o Governo do Estado no abastecimento das unidades de Saúde de Mato Grosso.
A informação é do 1º secretário do Legislativo, Eduardo Botelho (DEM).
Segundo ele, a ALMT fez uma consulta pública ao Tribunal de Contas sobre a compra dos cilindros, a fim de evitar futuros questionamentos do Ministério Público Estadual (MPE).
Os valores dos cilindros em pronta entrega estão bem acima do preço de mercado.
O deputado disse que o orçamento feito pelo Legislativo aponta que os cilindros estão o dobro do valor pago pelo Governo do Estado, recentemente,
“Nós estamos fazendo um processo para compra de oxigênio, mas estamos barrando no preço. Hoje, o preço do oxigênio pronta entrega é quase o dobro do que foi comprado pelo Governo do Estado. Aí, ficamos naquela situação: compramos ou não compramos? Eu acho que tem que comprar, porque não tem outra alternativa. Mas, daqui a pouco, o Ministério Público está entrando com processo achando que nós estamos roubando, que está tendo desvio. É assim que nós vivemos. Por isso, estamos fazendo a consulta”, afirmou.
Além da questão do oxigênio, também foi feita uma consulta sobre a compra de cestas básicas para distribuir a famílias carentes do Estado.
“Aqui é um dos estados mais ricos do país, que teve ganhos nessa pandemia, mas ganhos para poucos. A grande maioria está passando fome. Será que não é hora de entrarmos nisso? A Assembleia tem recursos. Podemos, sim, comprar cestas. A Assembleia pode, sim, fazer esse trabalho social, mas esbarramos sempre no Ministério Público. Nós estamos fazendo uma consulta no TCE para comprarmos esses cilindros de oxigênio, e também uma consulta dessa questão da compra de sacolão”, disse.
AGRONEGÓCIO - Eduardo Botelho aproveitou para criticar os empresários ligados ao agronegócio, e obrou uma maior participação do setor no combate ao coronavírus.
“Quem está sofrendo são os comerciantes, o setor de eventos. Se eles estão parados é para o bem de todos. Então, não é justo que todos paguem essa conta? Tem que fazer uma distribuição de renda para o bem de todos. Então, é hora de essas pessoas virem ajudar. Na hora em que é para escolher um candidato a senador, eles se reúnem, levantam dinheiro e elegem. Mas, agora, é hora também de eles virem à frente e fazer uma grande campanha para arrecadar o recurso para ajudar aqueles que estão passando fome”, afirmou o deputado.