
Com 3,6 milhões de habitantes, Mato Grosso conta com 80,9% da população urbana residindo próximo a locais com árvores e 19,1% em áreas sem árvores.
Esse percentual é menor ainda em Cuiabá, considerada uma das cidades mais quentes do país e que vem batendo recordes de calor nos últimos anos.
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Na Capital, 74,5% dos moradores vivem em vias com presença de pelo menos uma árvore, o que significa dizer que 25,5% residem em ruas ou avenidas sem arborização.
Dados como estes são do Censo 2022 de características urbanísticas do entorno dos domicílios, divulgados na quinta-feira (17), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ao todo, foram disponibilizados dez quesitos relacionados à capacidade de circulação e pavimentação da via, existência de bueiro ou boca de lobo, iluminação pública, ponto de ônibus ou van, sinalização para bicicletas, calçada ou passeio, obstáculo na calçada, rampa para cadeirante e arborização.
Conforme o IBGE, Cuiabá ocupa a 8ª colocação no ranking das capitais mais arborizadas por trecho de via com pelo menos uma árvore.
Em primeiro aparece Campo Grande (MS), com 91,4%, seguida de Goiás (89,6%); Palmas (88,7); Curitiba (85,2%); Brasília (84,2%).
Nas três últimas colocações estão Rio Branco (39,9); São Luiz (34,3%) e Salvador (34,1%).
Ainda em nível estadual, Mato Grosso do Sul lidera o ranking com 92,4%, enquanto Sergipe ocupa a última posição com 38,5%.
No Brasil, há 58,7 milhões de moradores (33,7%) vivendo em vias sem arborização, enquanto 114,9 milhões (66,0%) vivem em vias com presença de árvores.
“A arborização urbana é essencial para a qualidade de vida nas cidades. Ela contribui para o bem-estar dos habitantes, oferecendo diversos benefícios ambientais, sociais e econômicos. A redução da temperatura é uma consequência importante, diminuindo a incidência de ilhas de calor ao longo do tecido urbano. Ao integrar os resultados da pesquisa urbanística com práticas de arborização, os municípios podem criar ambientes urbanos mais sustentáveis e agradáveis, melhorando a qualidade de vida de seus habitantes”, disse Maikon Novaes, do IBGE.
O levantamento mostra também que, em Mato Grosso, 83,1% ou 2,9 milhões dos moradores viviam em ruas ou avenidas pavimentadas.
Apesar de alto, o percentual é menor do que o verificado no país, com 88,5%, correspondendo a pouco mais de 184,1 milhões residentes em vias asfaltadas e 19,5 milhões em ruas não pavimentadas.
Neste último caso, são mais de 608,3 mil pessoas no Estado.
Mato Grosso está entre as unidades da Federação com menor número de moradores em trechos de vias com pontos de ônibus ou vans, com apenas 3,1%.
Além disso, é o quarto estado com mais moradores em vias com rampa para cadeirante, com 22,4%.
Os três primeiros colocados no ranking são Mato Grosso do Sul (41,1%), Paraná (37,3%) e Distrito Federal (30,4%).
Quanto a iluminação pública, os dados mostram que Mato Grosso está entre os 10 estados com mais moradores em vias iluminadas, com 98,2%, empatado com Paraíba e Ceará.
Já em relação a moradores em vias pavimentadas, o Estado aparece entre as 10 menores proporções, com 83,1%.
O primeiro colocado no ranking é São Paulo (96%) e o último é o Pará (69,3%).
Com 97,9%, Mato Grosso está entre as unidades da Federação com maior número de moradores em vias com capacidade máxima de circulação por caminhões, carretas e ônibus.
Segundo o Instituto, o território mato-grossense fica atrás apenas de Tocantins e Mato Grosso do Sul, ambos com 98%. J
á Goiás também conta com 97,9%, sendo seguido pelo Paraná (97,4%).
Com menores percentuais aparecem o Pará (87,6%), seguido de Pernambuco (79,4%) e do Amapá (76,9%).
Localizado a 503 km ao Norte de Cuiabá, Sinop é o único município mato-grossense a aparecer na lista de maiores concentrações urbanas nesses trechos, com 99,1%.
O município é cortado pela BR-163, sendo considerada elo essencial da produção agropecuária, sendo responsável pelo escoamento de grãos e transporte de insumos e equipamentos.