A Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) foi sede hoje (16), do 2º Encontro Regional de Discussão do Plano Nacional de Logística (PNL) 2050. Promovido pelo Ministério dos Transportes em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o evento contou com a articulação do Conselho Temático de Infraestrutura e Logística (Coinfra) da Fiemt e reuniu representantes do setor produtivo, órgãos governamentais e especialistas da área.
Durante o encontro, a subsecretária de Fomento e Planejamento do Ministério dos Transportes, Gabriela Monteiro Avelino, explicou que o novo PNL está sendo construído baseado em quatro etapas: levantamento de insumos, diagnóstico, definição de objetivos e construção de cenários. A proposta é inverter a lógica usual e começar pelos problemas, antes de definir os projetos de infraestrutura.
“E gostaria de ressaltar as etapas 3 e 4 são uma inovação porque historicamente a gente começa discutindo carteira de projetos, a gente vê quais são as rodovias e os projetos que os governos têm para depois começar a selecionar qual que é o mais importante ou menos importante. O que a gente está propondo aqui é o contrário. Vamos começar a falar de problemas primeiro, vamos tentar entender quais são as deficiências que o Brasil enfrenta, para depois a gente selecionar projetos de infraestrutura que resolvam esses problemas que a gente identificou”.
Segundo ela, o plano está atualmente na primeira etapa, de obtenção de dados sobre as matrizes origem-destino de cargas e pessoas. Na segunda etapa, será elaborado um diagnóstico da situação atual do sistema de transporte do país, com identificação de gargalos. A terceira fase será dedicada à definição dos objetivos estratégicos e seleção das deficiências que serão tratadas como prioridade. Por fim, na quarta etapa, será construída uma carteira de projetos para o horizonte de longo prazo, até 2050.
O presidente do Conselho de Infraestrutura da Fiemt, Alexandre Schutze, elogiou o formato participativo do plano, com envolvimento de quatro ministérios e escuta ativa do setor produtivo. No entanto, também cobrou mais atenção do governo federal aos desafios históricos enfrentados por Mato Grosso.
“Ouçam o que temos a dizer. O setor produtivo de Mato Grosso está unido, trabalhando com o Governo do Estado e queremos contribuir com o Governo Federal. Nossa indústria cresce acima da média nacional. Temos uma população trabalhadora e empreendedora. Investir em infraestrutura aqui é investir no futuro do Brasil”, afirmou Schutze.
O evento também contou com a presença de representantes dos Ministérios de Portos e Aeroportos, da Infra S.A. e da Fundação Dom Cabral, contratada para apoiar tecnicamente o PNL. Após o encontro, a comitiva visitou empresas estratégicas da região para colher contribuições adicionais.